Num balão vou jogar essa vergonhice!
Vou atirar sonetos brandos do meu céu
e dar um basta nesses dias de mesmice!
e defender sonhos insanos do meu réu!
E tanta coisa ainda há de se chorar
Pelo navegar na tormenta da inércia!
E no ausente do meu mundo a falhar
e o desencontro do vazio de controvérsias!
E ninguém sabe o quanto hei de descobrir
No meu desperto o alento pr'essa dança
e movimento do meu corpo vir surgir
E minh'estrada de canela vou traçar!
e encontrar no meu concreto o aconchego
e minha morada construída onde eu sonhar!
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